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Ciência Tecnologia

Biometria

A Biometria é uma área das ciências médico-legais criminais com interesse na identificação individual. O princípio básico da biometria com fins de identificação é o corpo humano, que se torna na nossa própria senha.

Estas ciências tornaram-se famosas há pouco tempo, especialmente através das séries policiais, mas elas já eram utilizadas na China no ano 800 d.C, quando os comerciantes confirmavam a identidade dos seus clientes pelas impressões digitais apostas em tábuas de barro substituídas na atualidade por scanners biométricos. O maior entrave para o desenvolvimento desta área deve-se à dificuldade em criar scâneres de retina ou palmares que extraiam apenas as informações necessárias.

Na atualidade a Biometria é uma área da ciência usada cada vez mais em atos correntes da nossa vida, como nos aeroportos, nas agências bancárias, nas urnas eletrónicas é até em locais de diversão com a finalidade de identificar uma pessoa. Atos banais como desbloquear um telefone pela imagem da face, ou pela aposição da impressão digital são aplicações da biometria. Fazer o registo de presença de uma pessoa no local de trabalho através da impressão digital, da análise da iris, do estudo dos seus pontos cranianos e faciais ou ate mesmo pela voz são exemplos desta aplicação.

Podemos dizer que a Biometria é a medição da vida, ou seja, o estudo estatístico de características físicas e comportamentais, com vista à identificação da individualidade de cada um de nós. Esta possibilidade torna-a numa ferramenta importante e imprescindível na investigação criminal atual.

Para que uma característica identificadora tenha valor prático e seguro na investigação criminal tem de possuir três propriedades importantes que são a individualidade, a irrepetibilidade e a perenidade o que se verifica nos dados biométricos.

Para que um sistema biométrico funcione sem problemas são necessários: scanners, sensores, computadores potentes e software para a análise das imagens captadas. De seguida colocar a imagem captada à disposição do software biométrico, que analisa as características mais relevantes da figura. Por último é feita a comparação entre a imagem obtida e os dados presentes em bases de dados. Esta verificação é feita com o auxílio de diversos algoritmos, cada um trabalhando da sua maneira.

Os tipos de biometria podem ser físicos e comportamentais. Entre os físicos temos as veias das mãos (descobertas há pouco tempo mas que são muito fidedignas, pois além de serem imutáveis a sua falsificação é quase impossível), impressões digitais, reconhecimento facial, reconhecimento da iris, reconhecimento da retina e geometria da mão. Nos comportamentais temos de considerar a forma como cada pessoa reage de uma maneira diferente perante determinadas situações. Alguns choram, outros ficam agressivos, dependendo das características comportamentais de cada um. Pensa-se que num futuro muito próximo, será possível reconhecer um indivíduo no meio de uma multidão apenas pelo seu modo de andar, mexer as mãos ou identificando algum comportamento o que se designa de biometria comportamental.

Os dados biométricos com maior interesse médico-legal criminal na atualidade, mas os mais importantes agrupam-se em seis tipos e são as impressões digitais, os pontos faciais, a análise da iris, o reconhecimento da voz, a identificação pela retina e o gesto gráfico.

Todas estas características são de grande utilidade na criminalística para a identificação de suspeitos em cenas de crimes mas também nas áreas de segurança que exigem a confirmação física de que a pessoa realmente é quem diz ser.

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