STEM online

Um blogue que aborda as STEM no nosso dia-a-dia.

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Pontapé de saída

Em Portugal, a Lei de Bases do Sistema Educativo determina os fundamentos básicos para o funcionamento da educação.

No artigo 3º da referida lei é referido que o sistema educativo deve preparar os seus jovens para a sua entrada no mundo do trabalho, desenvolvendo a sua capacidade para o trabalho e proporcionando uma sólida formação geral e específica que lhe permita contribuir para o progresso da sociedade, de acordo com os seus interesses, capacidades e vocação”.

No entanto, como pode a escola determinar qual será a formação geral e específica necessária para os nossos alunos quando estes terminarem os seus estudos? Aliás, como será este mundo no futuro? Será que as profissões serão as mesmas? Será que as habilidades que desenvolvemos hoje, vão suprir as necessidades destes futuros profissionais?

Como é do conhecimento geral, a última pandemia nos mostrou que vivemos uma fase de incertezas, recordando-nos que a vida idílica que pensávamos ter, afinal, não existe, pois um simples virus recém surgido foi capaz de mexer de uma forma brutal com as nossas vidas.

Apesar do sofrimento que vivemos, contudo, pudemos verificar que a nossa sociedade foi capaz de seguir em frente, graças aos incríveis avanços científicos que permitiram o desenvolvimento de vacinas e de outras soluções que favoreceram o controle da pandemia em tempo recorde.

Na realidade, estamos a passar por uma série de mudanças marcadas por um progresso marcante a nível da ciência e da tecnologia,  favorecido pelas melhorias alcançadas pela informática, nomeadamente, ao nível da linguagem computacional, da internet das coisas, da inteligência artificial, do emprego de robots e de muitas outras tecnologias, que se somam e complementam para dinamizar cada vez mais os processos da nossa vida atual.

Com efeito, a velocidade da inovação nos dias de hoje é cada vez maior, o que permite por um lado, resolver muitos dos problemas atuais, mas por outro, cria dificuldades antes inexistentes, relacionadas com a necessidade cada vez maior de pessoas habilitadas com os conhecimentos técnicos adequados, necessários.

A satisfação dessa demanda, por um lado, exige facilidades no acesso ao conhecimento, partilhados tendo em conta uma conectividade global alargada e por outro lado, requere pessoas mais criativas, que dominem suficientemente bem as STEM (áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) e que tenham empatia suficiente para conseguir colaborar em grupos multidisciplinares na solução de problemas.

Dado que a facilidade de acesso ao conhecimento e a conectividade global já são uma realidade (que pode ser evidenciada pelas melhorias sentidas nos últimos anos em termos de linguagem computacional, inteligência artificial, Internet das coisas, os novos “media” e o “Big Data”), a única dificuldade aparente é a formação de pessoas pelo sistema educativo com as características referidas.

É com o intuito de colaborar a superar essa lacuna, que procuraremos desenvolver o nosso projeto que visa focar as STEM, de uma forma descomplicada, transformando as experiências quotidianamente vividas pelas nossas crianças e adolescentes dos 10 aos 15 anos e por suas famílias em oportunidades de aprendizado.

Para o efeito, contaremos com a participação de profissionais relacionados com as diferentes áreas da STEM, tais como médicos, enfermeiros, engenheiros, programadores (entre outros) que abordarão diversos temas, visando o enriquecimento da cultura científica por parte dos nossos jovens.

Conto com a ajuda do leitor para o sucesso deste projeto, através da colocação das suas dúvidas e/ou sugestões para os temas a serem abordados.

Manuel Ramos

 

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Professor de Físico-Química.
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