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E que tal conhecer melhor o “nosso” António Egas Moniz?

Vamos iniciar esta nova seção do nosso blogue explorando a vida e as contribuições do cientista português António Egas Moniz. Este post é especialmente para você, que é curioso e deseja saber mais sobre cientistas notáveis.

António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz nasceu em 1874, em Avanca, Portugal. Ele estudou Medicina na Universidade de Coimbra e, posteriormente, especializou-se em Neurologia e Psiquiatria. Durante sua carreira, ele se destacou como um médico visionário e pesquisador incansável.

Egas Moniz ficou conhecido por ter desenvolvido a técnica da lobotomia pré-frontal. Essa intervenção cirúrgica envolvia a remoção de partes do cérebro para tratar doenças mentais, como esquizofrenia e depressão grave.

Naquela altura, considerava-se que a lobotomia poderia aliviar o sofrimento dos pacientes, melhorando seu comportamento e estabilizando suas emoções e foi considerada como um avanço significativo para a psiquiatria da época. Alguns pacientes chegaram a relatar alguma melhoria no seu estado após a cirurgia, e a técnica foi amplamente adotada em todo o mundo. No entanto, com o tempo, foi verificado que nem todos os pacientes se beneficiaram da lobotomia, e pior do que isso, alguns pacientes apresentaram efeitos colaterais graves, tais como alterações de personalidade, perda de memória e dificuldade de concentração.

Apesar das críticas, Egas Moniz deixou um legado duradouro na história da medicina. Ele foi, inclusive, premiado com o Prémio Nobel de Medicina em 1949 por sua contribuição à neurocirurgia.

Atualmente, o seu trabalho continua a ser respeitado, apesar da lobotomia não ser mais praticada, os seus estudos serviram de base para outros cientistas. Apesar dos problemas que resultaram das suas descobertas, seu trabalho serviu de base para novas e melhores descobertas.

Lembrem-se, caros leitores, de que a ciência evolui constantemente. O que era considerado avançado no passado pode ser questionado no presente, mas isso não retira o seu mérito. Na verdade, o que importa é a curiosidade e a busca pelo conhecimento, tão essenciais para entendermos o mundo ao nosso redor.

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Professor de Físico-Química.
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