Hoje vamos abordar as parasitoses intestinais mais conhecidas por “bichas” que vivem nos nossos intestinos.
De facto, as parasitoses intestinais são infeções causadas por diversos germes mais conhecidos por protozoários e helmintas como a amebíase provocada por um micróbio chamado ameba, a giardíase que é uma doença provocada pela “Giardia Lamblia” e os “Ascaris Lumbricoides” (parasitas maiores – os machos chegam a atingir cerca de 40 cm e as fêmeas cerca de 30 cm – chamados de “lombrigas“). Há ainda outros como por exemplo, a “Ténia Solium“, que pode atingir cerca de 8 metros e vive predominantemente no intestino delgado, chamada de “bicha solitária”.
Apesar da contaminação por estes parasitas, estar popularmente associada com a visualização dos parasitas a saírem através das fezes ou mesmo da boca/do nariz das pessoas contaminadas, a infestação por estes germens pode existir, sem que essa visualização aconteça. Na realidade, os sinais/sintomas mais comuns passam pela existência de dores e desconforto abdominal, de náuseas/enjoos, de vómitos, de redução no apetite, de diarreia e de pruridos no ânus e/ou na vagina. Podem surgir um ou mais destes sinais/sintomas, conforme o tipo e a gravidade da infestação, pelo que, o doente deve ir ao médico, que fará a anamnese ao doente e, se entender conveniente, pedirá um exame parasitológico das fezes recolhidas em 3 amostras, durante 3 dias consecutivos. Este exame permitirá visualizar ao microscópio, ovos, quistos e trafozoitos dos vários germens que podem existir no nosso organismo.
Gostaria de referir que apesar destes organismos poderem ocasionar doenças muito graves no nosso organismo, não são capazes de sobreviver fora de um organismo vivo. Há que recear, contudo a possível contaminação pelo consumo de alimento ou água contaminada por ovos, quistos e trafozoitos de parasitas.
Para evitar a contaminação, devemos lavar sempre as mãos antes das refeições (com água corrente e sabão e posterior secagem com papel descartável), proteger os alimentos de insetos (como moscas, por exemplo), lavar os frutos, legumes e vegetais consumidos crus em água corrente, cozer/fritar/assar convenientemente os alimentos de origem animal, preferencialmente, deixando-os bem passados.
Mesmo tendo os cuidados acima, é recomendável fazer a visita ao seu médico de família uma vez por ano, para que este possa avaliar a necessidade de lhe prescrever um desparasitante.
Como vimos, as parasitoses intestinais são infeções extremamente importantes, sendo necessário, acima de tudo, as prevenir.