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Inteligência artificial vs. inteligência humana

Já abordamos aqui, levemente, a tão famosa ‘inteligência artificial’, da qual se fala tanto nos últimos tempos. Mas e se vos dissesse que já há robôs a escrever notícias e a apresentar um noticiário televisivo?

Mas vamos por partes…

A inteligência artificial tem sido um tema muito debatido nos últimos meses, mas não é de agora que existe. Esta é uma tecnologia que pretende que as máquinas (físicas ou softwares…) simulem o pensamento humano e, por isso, já existe há muitos anos. O que acontece é que a evolução da inteligência artificial tem chegado a níveis bastante interessantes no ponto de vista da novidade e cada vez mais se tornado um tema do dia nas notícias.

Nas últimas semanas, muito se tem falado sobre o ChatGPT, que é nada mais nada menos do que um chatbot que utiliza inteligência artificial e cria conversas virtuais.

E de que forma é que este tema é aplicado ao jornalismo?

Ora bem, se voltarmos atrás alguns anos, verificamos que, em novembro de 2019, a agência Lusa anunciava que as notícias que iam divulgar a partir daquele dia sobre a abertura e fecho da bolsa de valores de Lisboa iam passar a ser produzidas automaticamente por uma aplicação informática.

Antes disso, ainda em julho de 2016, saíam notícias sobre o lançamento do livro “Robôs – A ameaça de um futuro sem emprego”, de Martin Ford. Segundo o autor dizia na altura, várias empresas norte-americanas já utilizavam um software que era capaz de produzir um conteúdo jornalístico e “a maior parte das histórias que se leem na Internet são, na verdade, escritas por máquinas”.

Por sua vez, em maio de 2018, era noticiado que um robô iria apresentar, no mês seguinte, um programa de notícias num canal de televisão chinês, Nanning TV. De acordo com os profissionais que o desenvolveram, o robô podia funcionar até 12 horas e precisava de quatro para carregar.

Mais recentemente, em março deste ano, foi anunciado que um robô, que pestaneja, sorri e fala com os colegas, também é capaz de escrever relatórios, fazer apresentações e gerir calendários. Este é um projeto de uma farmacêutica e uma universidade na Alemanha, onde cada vez mais empresas aderem a este tipo de experiências.

Mas será que a inteligência artificial pode substituir um jornalista?

Na minha opinião como profissional da área, um robô nunca irá substituir integralmente uma pessoa, seja em qual trabalho for. Nós somos humanos e temos capacidades que um robô não tem e nunca terá da mesma forma.

Obviamente que a tecnologia é ótima em muitos aspetos da vida de um jornalista e poderá, inclusive, ajudar na questão do tempo. Há muitos jornalistas que vivem sobrecarregados de trabalho do dia a dia e, por isso, nem sempre há tempo para aquelas histórias mais originais ou para um jornalismo mais de investigação. Com a utilização deste tipo de tecnologia, os jornalistas poderão ter mais tempo para se focar neste tipo de artigos, por exemplo.

No entanto, a maneira como um jornalista ouve uma pessoa que está a entrevistar (que é diferente de pessoa para pessoa), a forma como faz as perguntas e direciona, depois, o texto que escreve é o que torna cada texto e cada jornalista único. Embora seja sempre obrigatória a imparcialidade no trabalho jornalístico, é também importante a característica humana, a avaliação ética, o contexto que o jornalista consegue percecionar quando está num determinado local de reportagem, as emoções que observa no entrevistado… tudo isso torna o texto mais rico e também carregado de diversidade, tal e qual o mundo é.

E vocês, acreditam que os robôs vão substituir o trabalho de um jornalista?

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