A Educação 4.0 é uma abordagem que se baseia nas tecnologias digitais para promover uma educação mais eficiente, personalizada e conectada.
Essa abordagem surgiu como uma evolução da educação tradicional, até aqui utilizada, que era baseada em modelos pedagógicos e tecnologias analógicas. A crise provocada pelo COVID19 veio deixar evidente que a anterior abordagem da educação possuía deficiências e que era necessário um novo modelo de educação, capaz de beneficiar de tecnologias tais como a Inteligência Artificial (IA), a Internet das Coisas (IoT), a Realidade Virtual e Aumentada e a robótica (entre outras), para criar ambientes de aprendizagem e promover a educação.
Entre os principais objetivos da Educação 4.0, podem ser citados:
1. Personalização do ensino: a educação é fortemente beneficiada quando são criados ambientes de aprendizagem personalizados, adaptados às necessidades e habilidades individuais de cada aluno, permitindo que eles aprendam de forma mais eficiente e autônoma.
2. Aprendizagem conectada: a promoção de uma aprendizagem colaborativa e conectada, onde os alunos podem colaborar entre si, com os professores e com profissionais de diversas áreas, permite resolver mais facilmente problemas e fomenta o desenvolvimento de projetos em equipe, proporcionando assim novas formas de aprendizagem, nas quais os alunos deixam de ser meros recetores de conhecimento e estão cada vez mais envolvidos no seu próprio processo de aprendizagem.
3. Formação para o futuro: a Educação 4.0 busca preparar os alunos para um mundo cada vez mais digitalizado e conectado, promovendo o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias para o mercado de trabalho atual e futuro.
4. Inovação pedagógica: a Educação 4.0 busca estimular a inovação pedagógica, através da criação de novos modelos de ensino e aprendizagem, que possam se adaptar às mudanças tecnológicas e sociais.
Na atualidade, o recurso que pode ser usado na Educação 4.0 e que tem chamado mais a atenção dos meios de comunicação, quer pelo seu desenvolvimento acelerado, quer pela sua crescente utilização no nosso dia-a-dia, é a Inteligência Artificial (IA).
Este recurso, que tem sido motivo para diversas discussões e debates, especialmente depois da inauguração do GPT-4, modelo de IA que é utilizado no motor de busca “Bing” da “Microsoft”, apresenta como é óbvio, efeitos positivos e negativos na educação:
No que se refere aos aspetos positivos, podemos considerar como algumas das principais vantagens, a personalização da aprendizagem (pois o ensino é adaptado às necessidades individuais de cada aluno), a possibilidade de existir um feedback imediato para os alunos (que assim, conseguem identificar suas áreas de força e fraqueza, o que lhes possibilita melhorar o seu desempenho) e ainda, uma evidente melhoria da eficiência do ensino, provocada pela diminuição do tempo gasto em tarefas repetitivas pelos professores (tais como a correção de provas e a avaliação de trabalhos) em favor da disponibilização de mais tempo para tarefas mais nobres, tais como o reforço da atenção prestada aos alunos que precisam de mais suporte.
Claro que, tal como as rosas possuem espinhos e para as segurar necessitamos de ter alguns cuidados, também a IA deve ser utilizada com prudência, considerando sempre as necessidades e os interesses dos alunos. Além disso, os professores devem estar cientes do potencial viés algorítmico da tecnologia e trabalhar para garantir que todos os alunos sejam tratados de forma justa e igualitária.
Em suma, a Educação 4.0 é uma abordagem que busca transformar a educação, através da utilização das tecnologias digitais para criar novos ambientes de aprendizagem, personalizar o ensino, promover a colaboração e a inovação pedagógica e preparar os alunos para um mundo cada vez mais digital e conectado e a IA, tão famosa, nada mais é do que uma ferramenta valiosa para melhorar a educação dos alunos, desde que seja utilizada com responsabilidade e cuidado, considerando sempre os princípios que norteiam a educação.