Olá!
Hoje vou falar-vos sobre um tema que considero fascinante: como a polícia usa técnicas de recolha e análise para investigar crimes.
Para começar, deixem que vos pergunte: Sabem me dizer o que é um crime?
Por definição, crime é uma ação (ou omissão) que viola a lei e pode ser punida com uma pena. Os crimes podem ser cometidos no mundo real, como (por exemplo) um homicídio, um roubo ou uma agressão, ou no mundo digital, como um ataque informático, uma fraude ou uma extorsão.
Como sabem, os policiais não adivinham quem são os culpados! A polícia, para descobrir quem cometeu um crime, precisa de provas. Estas, por sua vez, são elementos materiais ou digitais que podem ajudar a esclarecer os factos relacionados com um crime.
Por exemplo, o facto de ser encontrada uma arma, uma impressão digital, uma mensagem de texto ou um vídeo num local onde ocorreu um crime pode ser uma prova, que entretanto, para ter valor necessita ser recolhida e depois guardada, preservada e analisada de forma correta, rigorosa e fidedigna para que não seja contaminada, adulterada ou destruída para ser confiável e não ser contestada.
As técnicas de recolha, guarda e análise dependem, como é lógico, do tipo de crime e de prova. Dependendo das características das provas, diversos profissionais podem ser envolvidos nesta fase para além dos policiais – investigadores, tais como médicos (legistas), técnicos de recolha e de análise de resíduos biológicos e/ou químicos, técnicos de som e de imagem, técnicos de informática, etc.
Após a análise das provas, desde que tal seja possível, estas são arquivadas tendo em conta as suas características, e as conclusões parciais das análises de cada prova são então transmitidos aos responsáveis pela investigação que ao reunirem todas as informações disponíveis, procuram detetar eventuais pistas (para prosseguimento das investigações), identificar suspeitos e eventualmente provar a culpa ou a inocência de alguém.
É importante frisar que apesar da evolução verificada ao longo dos anos no que concerne à ciência e a tecnologia permitir realizar a identificação de suspeitos e a culpabilidade dos culpados com um grau de certeza cada vez maior, o número de crimes cometidos e o seu grau de sofisticação está sempre a aumentar, pelo que, as maiores qualidades necessárias para a investigação de um crime continuam a ser as mesmas de um ou mais séculos atrás: Ética e responsabilidade!